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Por Bruno de Lima

 

Soft skills serão a prioridade dos recrutadores em 2022. Entenda em quais focar e como identificar na hora de montar sua equipe.

A capacidade de demonstrar empatia será uma habilidade desejada no mercado de trabalho em 2022

 

 

Segundo o estudo do site de recrutamento CareerBuilder, em 2021, 77% das empresas acreditam que as habilidades emocionais são tão importantes quanto as técnicas no dia a dia de trabalho. E, em 2022, a tendência é que elas ganhem ainda mais força. Também conhecidas como soft skills, essas qualidades têm a ver como a maneira como um profissional lida com o outro e consigo mesmo. E, de acordo com um levantamento do LinkedIn, elas serão uma das prioridades para 92% dos recrutadores neste ano. “Durante meus 20 anos de trabalho em desenvolvimento humano, vi muitas pessoas que tecnicamente eram muito boas, mas que acabaram demitidas por ter questões comportamentais que não estavam muito bem desenvolvidas”, diz a consultora de gestão de pessoas Lucedile Antunes. Um dos exemplos que ela cita é o caso da falta de adaptabilidade, que pode fazer com que o profissional tenha perdas de produtividades em situações adversas. 

 

A consultora, que escreveu o livro “Soft skills: competências essenciais para os novos tempos”, elencou as habilidades que ela considera essenciais para os profissionais que desejam crescer em 2022. “Existem outras soft skills que você pode desenvolver. Mas, na minha visão, essas são as básicas. Se você tiver apenas essas, já será capaz de atingir um grande sucesso. Além da adaptabilidade, outra soft skill em alta é a inteligência emocional. Candidatos com essa característica são mais capazes de se auto gerenciarem, sendo resilientes sob pressão e garantindo seu bem-estar emocional. 

 

  1. Integridade e ética

O bilionário Warren Buffett considera a integridade o traço mais importante a se observar no momento de contratar um funcionário, e ele não é o único que pensa assim. Quando falamos de integridade, há uma série de características vistas com bons olhos pelos recrutadores e líderes. Ela pode se desdobrar em: humildade, respeito pelo tempo dos outros, o reconhecimento do crédito dos envolvidos (em um projeto, por exemplo) e a postura de assumir total responsabilidade por seu trabalho – especialmente quando algo não foi bem. Líderes tendem a sentir mais confiança por um funcionários que não apenas assumem seus erros, como explicam de que maneira pretendem consertá-los.

 

  1. Empatia

É a capacidade de se colocar no lugar dos outros e compreender seus sentimentos e necessidades daquele lugar e não a partir de sua própria visão. “É algo essencial para se manter relações saudáveis e que levem a resultados”, diz Antunes. Compreender as pessoas também permite que o profissional elabore uma estratégia para lidar com as situações da melhor forma possível, evitando conflitos e gerando um ambiente de trabalho mais harmonioso. 

 

 

  1. Adaptabilidade

Em 2018, a consultoria empresarial britânica Lane4 Management Group entrevistou 150 C-Levels com o objetivo de identificar quais eram as habilidades emocionais que eles mais valorizam em seus colaboradores. A adaptabilidade foi uma das mais citadas. “É a nossa capacidade de perceber que as coisas estão mudando. Com ela, somos capazes de ter a ciência de que os recursos que tínhamos em outros momentos não estão mais disponíveis, então devemos transformar a forma que trabalhamos”, diz Lucedile. A partir do momento que um colaborador consegue ter a percepção de que as coisas estão mudando, ele também é capaz de usar sua criatividade para propor novas soluções para problemas antigos. 

 

  1. Automotivação

Trabalhadores automotivados precisam de menos supervisão e gerenciamento. A automotivação e a autodireção permitem que as pessoas tomem iniciativa e se apropriem de seu trabalho, estabeleçam metas alcançáveis ​​em relação a um cronograma, tomem as providências necessárias e adaptem seus planos conforme necessário. Em um futuro em que as coisas estão mudando constantemente, essas habilidades são fundamentais para o sucesso.

 

 

  1. Inteligência emocional

A inteligência emocional é a capacidade de perceber as próprias emoções e, com base nisso, se auto regular. E isso é algo que se torna cada vez mais importante. De acordo com um relatório publicado em 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior número de pessoas afetadas pela síndrome do burnout. Apesar da inteligência emocional não resolver os problemas de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e sob pressão, ela pode ajudar os colaboradores a gerenciarem os próprios sentimentos. “Com a pandemia e as transformações que vieram em seguida, é algo cada vez mais necessário”. 

 

Não são só os colaboradores que devem olhar para isso, mas as empresas também. Toma força no mercado o movimento de negócios que estão investindo para garantir a resiliência emocional de seus colaboradores. Um exemplo é a Ambev, que em maio de 2020 criou o cargo de Diretora de Saúde Mental, atualmente ocupado pela executiva Mariana Holanda. 

 

  1. Aprendizado contínuo

O mundo está em constante transformação, com novas tecnologias surgindo a cada momento. Lucedile explica que os profissionais devem acompanhar esse movimento, também se desenvolvendo em igual medida e criando novas habilidades. “Essa também é uma soft skill que requer outra: a da adaptabilidade. O profissional precisa estar preparado para sentir as mudanças e se reinventar.˜

 

  1. Ser mais humano do que profissional

 

 

Segundo Lucedile Antunes, a última soft skill base também é uma das mais importantes. “Se você for um ser humano genuíno vai acabar se destacando dos outros”, diz Lucedile Antunes. No ambiente corporativo, isso se manifesta na forma que você interage com as outras pessoas. Para a consultora em gestão de pessoas, uma pessoa genuína se faz presente em diversas situações. Um exemplo são videochamadas, onde parte das pessoas costuma desenvolver atividades paralelas e não prestar a devida atenção no que está sendo discutido. “A ausência causa consequências. As pessoas sabem quando você não está engajado no que elas estão falando” (Forbes, 10/11/21)

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